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Em meio ao cenário de reconstrução pós-enchentes que marcaram profundamente a economia do Rio Grande do Sul, a Fiergs promoveu na quinta-feira (22), em Porto Alegre, a quarta edição do evento Impulsionando a Indústria Gaúcha. Pela primeira vez em formato presencial, a atividade reuniu empresários, autoridades e especialistas para discutir estratégias práticas de retomada e fortalecimento das pequenas e médias indústrias.
Com foco em temas como crédito, inovação e internacionalização, o encontro teve como pano de fundo os impactos severos dos desastres climáticos no setor produtivo: o volume de operações de empresas chegou a cair 55% no Estado, e cerca de 20% das indústrias ainda não se recuperaram dos danos causados pelas enchentes, de acordo com o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves.
Claudio Bier, presidente da Fiergs, diz que o momento exige ação conjunta e visão estratégica. “As pequenas e médias indústrias são a base da força produtiva do nosso Estado e têm papel fundamental na reconstrução econômica após as recentes adversidades climáticas”, afirmou em nota.
A iniciativa foi apoiada por conselhos temáticos da entidade, como o de Pequena e Média Indústria (Copemi), Inovação e Tecnologia (Citec), Assuntos Tributários, Legais e Cíveis (Contec), além da Gerência de Relações Internacionais (Gerex) e do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC).
Representando o governo do Estado, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, lembrou que o RS enfrenta dificuldades também com a estiagem, além da crise hídrica, o que amplia os desafios para a indústria e os serviços. “Estamos vivendo um momento positivo em termos fiscais, porque conseguimos equilibrar as contas, mas os desafios são grandes, com dívidas históricas e necessidade de investimento em infraestrutura. Não é o governo que gera riqueza, são os empreendedores”, pontuou.
Segundo Polo, o governo estadual tem buscado apoiar os empreendedores com medidas concretas. Um exemplo disso é a capitalização de R$ 100 milhões ao Banrisul para oferecer linhas de crédito com juros reduzidos aos empresários afetados. Também está em andamento o programa Fundopem Recupera, que viabiliza o financiamento parcial do ICMS incremental para empresas que pretendem investir na recuperação e modernização de suas operações. O Refaz Reconstrução, por sua vez, oferece condições especiais para regularização de dívidas de ICMS, com redução de até 95% em juros e multas.
Ricardo Neves reforçou que o processo de reconstrução depende da colaboração entre sociedade civil, governo e iniciativa privada. “Quem passou pela iniciativa privada sabe o quanto é difícil empreender. O Estado precisa apoiar, mas com responsabilidade fiscal. Se não nos ajudarmos, vamos perder espaço”, afirmou. Neves também destacou a importância de pensar a longo prazo, alertando que os impactos tributários das enchentes ainda podem gerar consequências no futuro, exigindo planejamento realista.
Um dos destaques do evento foi a fala de Rafael Sacchi, presidente do Sicepot, diretor da Fiergs e coordenador do Conselho de Assuntos Tributários, Legais e Cíveis (Contec). “A indústria gaúcha representa aproximadamente 55% de toda a arrecadação de ICMS do Estado, mais do que o agro e o comércio juntos. Quando sofremos perdas físicas nas unidades de produção, precisamos restabelecer essa relação com o Estado. E isso passa, inevitavelmente, por crédito e inovação”, afirmou. Ele também defendeu o uso massivo da inteligência artificial para desburocratizar processos, reduzir custos da máquina pública e ampliar investimentos. “Quem embarca cedo no trem, senta no melhor lugar. Estamos vivendo um novo momento”, concluiu.
Fonte: Jornal do Comércio/ Por Adrielly Araújo
Foto: Dudu Leal
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